domingo, 27 de novembro de 2011

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles 
 
 

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